Combustível adulterado: saiba os problemas e veja como evitar

Promoções são grandes atrativos para os consumidores, mas quando se trata de combustível, é preciso ter bastante cuidado. Nas ruas e estradas do país, um grande perigo pode se esconder por trás de preços muito baixos oferecidos por alguns postos. São os combustíveis adulterados, responsáveis por inúmeros prejuízos às peças e ao funcionamento do carro, causando muita dor de cabeça para os motoristas.

A adulteração acontece quando um produto é adicionado ao combustível, modificando a composição original. Essa mudança pode entupir a bomba que leva o combustível ao motor, de modo que o carro começa a falhar e morre. O aumento do consumo do carro é outro problema constatado, pois os combustíveis “batizados” influenciam diretamente na mistura realizada na câmara de combustão. Como resultado, algumas peças podem ser prejudicadas, e esse é o caso das velas e do catalisador.

Veículos com injeção eletrônica são ainda mais sensíveis a esse problema, pois os bicos injetores podem ficar entupidos por conta do acúmulo de resíduos, comprometendo todo o funcionamento do carro. Outro grande prejuízo acontece quando os resíduos também se acumulam na parte interna do motor.

Os principais tipos de adulteração podem ser a adição de etanol acima da porcentagem permitida por lei na gasolina, de água no etanol ou de solventes nos dois tipos de combustível. Este último é a modificação mais prejudicial, pois, além dos problemas já citados, também agride diretamente todo o sistema de alimentação, entupindo a bomba de combustível e danificando os componentes de vedação.

Os gastos estimados na reparação dos estragos mais simples ocasionados pelo produto batizado podem chegar a R$ 400. Desta forma, é preciso saber identificar se o combustível oferecido nos postos realmente tem a devida qualidade, desconfiando de preços abaixo da média e, se possível, abastecendo sempre no mesmo posto.

A própria Agência Nacional de Petróleo (ANP) explica que é importante observar as especificações do combustível, o preço (que deve estar sempre disponível em painel de fácil visualização) e a identificação do distribuidor. Exija também a nota fiscal dos postos, pois, com ela, a reclamação sobre uma possível irregularidade pode ser oficializada nos órgãos de fiscalização.